Carlos Dugos na Galeria Vieira Portuense

A GALERIA VIEIRA PORTUENSE convida V. Ex.ª para a inauguração da exposição de pintura de CARLOS DUGOS designada “À LUZ DA IDEIA” a ter lugar pelas 16 horas do próximo dia 24 de Abril, no Largo dos Lóios, 50, da cidade do Porto.

José Manuel Anes, no prefácio a “Tradição e Simbólica do Princípio Real” de Carlos Dugos, escreveu: “O pintor Carlos Dugos (cuja obra artística é atravessada, vincadamente, pelo símbolo e pelo mito) realiza, como ensaísta no domínio do esotérico, com “Tradição e Simbólica do Princípio Real” uma obra polémica”… “Na senda de autores como René Guénon e Julius Evola, Carlos Dugos assenta as suas reflexões numa perspectiva claramente perenialista”…
E Manuel Cândido Pimentel, da Universidade Católica Portuguesa, no prólogo do álbum “Carlos Dugos – Jogos Reais”, também escreveu:
... “Profundamente marcado pelo anseio metafísico do invisível e do absoluto, este ciclo de pintura de Carlos Dugos reitera a linha pictórica do seu figurativismo simbólica e realista. Aqui, tal como em exemplos anteriores, recorre constantemente ao equilíbrio da luz, a mestria da proporção e da cor e a uma notável técnica pictórica que cruza o mais rigoroso geometrismo com a leveza e a subtilidade no tratamento das figuras”.
E o Prof. Doutor Manuel Cândido Pimentel, in “Carlos Dugos. Lisboa. Os Mitos da Memória”, também disse:  “O trabalho oficinal é nele exaustivo: cada tela testemunha uma sabedoria técnica de manejo dos materiais pictóricos, de elaborada perfeição formal com desiderato no equilíbrio da luz e da sombra, na força intensíssima das texturas, na economia espacial dos objectos, na plasticidade austera das figuras.”

No catálogo diz Maria Luís de Castro o seguinte: “De facto, o conjunto de quadros que a galeria Vieira Portuense aqui nos apresenta, embora variado nos temas e no tempo, evidencia sobejamente um fio condutor sempre presente no trabalho deste artista: a paixão pela luz. Nestas telas, os temas manifestam-se através de um jogo de equilibrados contrastes, entre a luz que revela e a sombra que apenas sugere, numa dialéctica superada pelo conjunto imagético de re-criação do real.
Aqui, a ideia e o real transmutam-se aliando-se às tintas numa sublimação inesperada; as emoções surgem envoltas na profunda reflexão que transcende os limites do quotidiano e nos transporta para além do concreto.
O traço, a composição que une e divide o espaço da tela, a selecção das cores que se desdobram em luz e sombra, o tema que nos surge rico em leituras, apresentam-se numa simbiose de rigor e plasticidade verdadeiramente ímpares.
A pintura de Carlos Dugos exprime o que as palavras não dizem, mas o “olhar” pode intuir.”
Carlos Dugos nasceu em Lisboa, em 1942; os seus primeiros trabalhos de pintura datam de 1957.
No ano seguinte foi viver para Lourenço Marques, então capital de Moçambique. Aí frequentou a escola de Arte - Núcleo de Arte, dirigida pelo pintor João Ayres, trabalhando na companhia de Malangatana, José Júlio, Álvaro Passos e outros artistas moçambicanos.
Por essa época, expôs várias vezes, individual e colectivamente em Lourenço Marques e Joanesburgo.
Regressou definitivamente a Portugal em 1967, instalando-se em Lisboa onde montou atelier, dedicando-se em especial ao apuro técnico do óleo.
Em 1974-75 viajou pela Europa residindo sucessivamente em Zurique e Madrid, contactando com diversos artistas, galerias e museus. De volta a Portugal passou longas temporadas em Sintra e na Ericeira, desenvolvendo um profundo estudo do simbolismo e da Tradição esotérica ocidental. Surgem, por essa altura, os primeiros trabalhos numa linha “metafísica”.
Em 1977 regressa definitivamente a Lisboa. Continuam os estudos de simbólica, entendida como a linguagem espiritual por excelência. Nesse sentido, matricula-se num curso de teologia organizado pelo “Leoninum Orthodoxum Institutum” patrocinado pela Sorbonne. Paralelamente pratica um longo trabalho de oficina, que decide não expor por o considerar de índole puramente experimental; num apontamento de atelier datado de 1980 escreveu: “Em Arte, uma ideia e o sentimento que lhe está associado necessitam de uma linguagem plástica apropriada para lograr expressar-se convenientemente. A procura desse léxico está, para mim, na ordem do dia. Expor pressupõe um discurso coerente, articulado, dominado. Assumir uma responsabilidade pública obriga a dispor dos meios para a cumprir”.
Tal responsabilidade foi assumida em 1984 quando, a convite da Galeria Arcano XXI, participou numa colectiva expondo oito telas. Nesse mesmo ano dirigiu uma nova Galeria de Arte -“São Bento”, organizando o projecto cultural a ela associado.
Em 1988 foi convidado a manter, temporariamente, um atelier no Palácio da Pena. Tratou-se de uma experiência do maior significado, que enriqueceu definitivamente o impulso metafísico na obra do pintor.
A partir de 1985 sucedem-se diversas viagens pela Europa - Holanda, Espanha, Bélgica, Áustria, Itália França e Inglaterra. No mesmo período participa em várias exposições em Lisboa e vê editadas serigrafias. Realiza uma série de estudos cromáticos para edifícios em bairros sociais do Estado, em cidades e vilas portuguesas.
Está representado no Museu da Câmara Municipal do Maputo; na Caixa Geral de Depósitos; no IGAPHE - Instituto do património habitacional do Estado; Grupo Totta; várias instituições públicas; em empresas privadas e em numerosas colecções particulares, portuguesas e estrangeiras.
Será servido um Porto de Honra.
A exposição poderá ser vista de Terça-feira a Sábado, das 9,30 às 19 horas e de Domingo a Segunda-feira das 13 às 18 horas até 23 de Maio.

GALERIA VIEIRA PORTUENSE
Largo dos Lóios,50  4050-338 Porto
(351)222005156 * info@galeriavieiraportuense.com
www.galeriavieiraportuense.com

António Dulcídio

Artista plástico, pintor, fotógrafo, amante de viagens, blogger, vlogger e editor de livros. “As coisas boas da vida são feitas com arte”

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